Quem sou eu?

Minha foto
Olá, sou estudante de teatro mas confesso que tenho afinidades com outras campos de atuação, como jornalismo, moda, decoração, cinema e por aí vai. Um dia pretendo responder à pergunta do meu próprio blog: "então, Tati, qual vai ser?"

terça-feira, 26 de abril de 2011

"Não é nada demais..."

Pra começar esse post, decidir iniciar com o famoso clichê do jeitinho brasileiro: "Não é nada demais..."


Essa semana alguns exemplos típicos que expressam exatamente o que alguns brasileiros definem como se não tivesse nada demais em tomar tal atitude e deixam por isso mesmo, ou seja, o tempo é o remédio para tudo né? Até para a permanência da alienação e do comodismo social.


Primeiro caso. O mais grotesco e irritante (sem noção meeesmo).
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) disse na tarde desta terça-feira (26)  que perdeu a paciência ao tomar o gravador das mãos de um jornalista da Rádio Bandeirantes durante uma entrevista realizada na segunda-feira (25).
O jornalista lhe questionou se ele abriria mão de sua aposentadoria como ex-governador do Paraná, no contexto da alta inflação que o país está vivenciando atualmente. 
O senador, simplismente, tomou o gravador do jornalista, o ameaçou a agredi-lo e levou o gravador consigo e apagou a entrevista.


“Já pensou em apanhar, rapaz? Já pensou em apanhar? Me dá isso aqui. Não vai desligar mais p... nenhuma. Vou ficar com isso aqui”, disse Requião, em entrevista que ele mesmo divulgou na internet.

Requião alegou que sofreu abuso por parte do jornalista, e disse mais, que sofreu bullying na entrevista.
Essa foi o cúmulo! Ele se aproveitou do momento em que o bullying está na mídia, por ser um assunto bastante comentado e analisado por causa da tragédia de Realengo, para tentar se defender de uma atitude indefensável.
A gentileza deste senador expressa, primeiro, o desrespeito ao outro, e em segundo lugar e não menos importante, a quebra de um dos mais importantes princípios de uma democracia: a liberdade de expressão.

Outro caso que "não é nada demais" é  A Land Rover usada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), um futuro candidato à presidência da república, que foi parada em blitz da Lei Seca, domingo, no Leblon, recebeu só este ano duas multas de trânsito no Rio por excesso de velocidade. Claro, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro gerando grande repercussão entre oposição e aliados. Na verdade, a CNH de Aécio estava vencida há dois meses, até ser apreendida no Rio. E de acordo com o DETRAN(MG) o exame de saúde de Aécio, necessário para atestar se o condutor é apto a dirigir, está pendente e, portanto, não poderia renovar a CNH.
É vergonhoso atestar a tamanha prepotência de algumas autoridades que se acham que estão acima de tudo e de todos.

Sem contar que com menos de um mês à frente do cargo, a diretora em exercício da Polícia Rodoviária Federal, Maria Alice Nascimento Souza sofreu com a suspensão de sua carteira de habilitação pelo Departamento de Trânsito (Detran) do Paraná, por ter acumulado 30 pontos. Isso aconteceu por causa de uma denúncia numa reportagem de anteontem do Fantástico, da TV Globo. A diretora afirmou que a suspensão não impossibilita o exercício de seu cargo. Desculpa diretora, mas o respeito e a credibilidade da instituição diminui consideravelmente.


Pessoas públicas, entendam que vocês devem preservar a sua imagem e além de tudo dá o exemplo para todos os cidadãos. Ou pelo menos, admitam que também erram, por que faz bem se humanizar, tirar o ego do centro, saber respeitar o outro e assumir as consequências.

Afinal, "não é nada demais" não é mesmo?






Nenhum comentário:

Postar um comentário